Juiz nega quebra de sigilo bancário de Fernanda Ribeiro e marca audiência presencial

Advogado está preso pelo feminicídio qualificado desde maio na Capital

Da Redação


Foi negado pedido da defesa do advogado Alexandre França Pessoa, de 42 anos, para quebra de sigilo bancário da ex-namorada Fernanda Daniele de Paula Ribeiro dos Santos, de 36 anos, morta em 28 de abril. O juiz ainda agendou para setembro a primeira audiência de instrução sobre o homicídio triplamente qualificado, que vitimou Fernanda Ribeiro.

Leia também

|Advogado acusado de matar Fernanda Ribeiro lista 20 testemunhas em seu pedido de liberdade

|Defesa tenta liberdade para Alexandre Pessoa réu por feminicídio em Batayporã

|Com ''nome na boca do povo'', advogado suspeito de matar Fernanda Ribeiro pede sigilo do processo

|Juiz acata denúncia do MPE e Alexandre Pessoa se torna réu por homicídio triplamente qualificado

|Advogado pode ter premeditado assassinato de Fernanda Ribeiro

|Ciúmes pode ser a motivação do crime que levou Fernanda Ribeiro a morte

|Fernanda Ribeiro pressentia sua morte, diz testemunha em interrogatório

|Justiça mantém preso advogado acusado de feminício em Batayporã

|Vídeo: Inquérito Policial conclui que Alexandre Pessoa matou Fernanda Ribeiro sozinho, diz delegado

|Advogado acusado de matar Fernanda Ribeiro tem alta médica e vai para Presídio Militar em Campo Grande

|Há uma semana preso, advogado acusado de matar Fernanda Ribeiro não dormiu 24h em cela de prisão

|STJ nega habeas corpus a Alexandre Pessoa e ele continua preso temporariamente

|Delegado indicia Alexandre Pessoa no crime de feminicídio

|Advogado passa mal em Delegacia e volta para unidade de saúde em Nova Andradina

|Advogado suspeito de assassinato tem alta em Dourados e retorna para Delegacia em Nova Andradina

|Advogado que passou a noite internado na Cassems é transferido para Dourados

|Advogado passa a noite internado na Cassems e aguarda vaga para transferência

|Advogado suspeito de assassinar Fernanda Ribeiro passa mal e é internado na Cassems em Nova Andradina

|Polícia Civil prende advogado suspeito de participação no assassinato de Fernanda Ribeiro

|Polícia Civil faz buscas na residência de advogado em Nova Andradina

|De 10 depoimentos, delegado disse que já tem alguns suspeitos de participarem do assassinato de Fernanda Ribeiro

|Advogado presta depoimento na Delegacia em Batayporã

|Delegado de Batayporã está ouvindo várias testemunhas sobre a morte de Fernanda Ribeiro

|Corpo encontrado degolado em Batayporã é de moradora em Nova Andradina

|Corpo de mulher degolada é encontrado no cascalho que liga Nova Andradina a Batayporã 

A decisão é do juiz Aldrin de Oliveira Russi, da Comarca de Batayporã. O magistrado agendou para o dia 17 de setembro, às 9h, a primeira audiência sobre a morte de Fernanda, que deve acontecer de forma presencial, com as devidas medidas de biossegurança. Considerando que Alexandre está preso em Campo Grande, foi solicitada escolta para o dia.

Além disso, foi analisado pedido de quebra de sigilo bancário da vítima. “Não merece acolhimento, isso porque a alegação defensiva não possui relação com os fatos apurados e a defesa não expôs, tampouco esclareceu, a necessidade desta prova, logo a inocência sustentada pode ser demonstrada por outros meios menos invasivos”, esclareceu o juiz, indeferindo o pedido.

Réu por homicídio triplamente qualificado

Fernanda Ribeiro e Alexandre Pessoa - Foto: Arquivo/Jornal da Nova

O processo tramita em sigilo absoluto e denúncia do MPMS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul) foi apresentada em junho. Na exposição dos fatos a partir do inquérito policial, a acusação aponta que Alexandre matou a namorada, Fernanda, utilizando uma arma branca no dia 28 de abril, entre 18h30 e 19h30.

O crime foi cometido com emprego de meio cruel e mediante recurso que dificultou a defesa da vítima, inclusive se prevalecendo da condição de namorado para a prática do crime. A investigação policial apurou, nas conversas obtidas em um dos celulares de Alexandre, que ele e a vítima marcaram um encontro naquele dia.

Após o feminicídio, Alexandre ainda teria ocultado o cadáver da namorada em um milharal, sendo que o corpo só foi encontrado na manhã seguinte. Para o MPMS, o advogado ainda inovou artificiosamente, alterando o estado de pessoa e coisas, com fim de induzir ao erro juiz e perito.

Isso porque ficou claro nas investigações que Alexandre tentou criar um falso álibi, enviando mensagens para Fernanda após ter cometido o crime. Também tentou limpar o carro usado no momento do feminicídio e trocou de roupas.

O MPMS ainda conclui que Alexandre golpeou Fernanda no pescoço, assim causando a morte da vítima. Depois, arrastou o corpo dela até a plantação de milho na beira da estrada. Ele ainda alterou o estado do corpo da vítima, limpando os antebraços dela e retirando os pertences que pudessem identificá-la.

Alexandre foi denunciado por homicídio triplamente qualificado, por emprego de meio cruel, recurso que dificultou a defesa da vítima e cometido contra mulher, por razão da condição do sexo feminino, em contexto de violência doméstica. Segundo a acusação, o casal já mantinha uma relação há mais de 1 ano e 8 meses e tinha contrato de união estável.

Foram arroladas ao processo 13 testemunhas, a serem ouvidas. O juiz Aldrin de Oliveira Russi recebeu o processo dias depois, assim tornando Alexandre réu pelos crimes. Com Midiamax

Cobertura do Jornal da Nova

Quer ficar por dentro das principais notícias de Nova Andradina, região do Brasil e do mundo? Siga o Jornal da Nova nas redes sociais. Estamos no Twitter, no Facebook, no Instagram e no YouTube. Acompanhe!