Em Nova Andradina, advogado passa mal em cela e é levado para o Hospital Regional

Alexandre Pessoa foi preso preventivamente suspeito de violência doméstica

Da Redação


O advogado Alexandre França Pessoa preso no final da tarde desta segunda-feira (31), suspeito de violência doméstica contra sua ex-esposa, foi levado para o Pronto Socorro do Hospital Regional após passar mal em cela, ainda na noite de ontem.

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| Advogado Alexandre Pessoa é preso suspeito de violência doméstica contra ex-esposa em Nova Andradina

 

O Jornal da Nova apurou que a pressão arterial subiu e teve que ser levado pela Polícia Militar até a unidade hospitalar. Ele ficou até esta madrugada de terça-feira quando teve alta médica e retornou para a unidade policial.

Alexandre Pessoa estava em sua residência na Deocelino José Ponez, no Jardim Imperial, quando foi surpreendido pela Polícia Civil, onde cumpriu um mandado de prisão preventiva de violência doméstica praticado contra sua ex-esposa.

Consta que ele teria tentado esganar a mulher que levou a denúncia para a DAM (Delegacia de Atendimento à Mulher) que pediu junto ao Poder Judiciário a prisão do suspeito, que foi deferida com anuência do MPE (Ministério Público Estadual).

A mandado de prisão preventiva foi cumprido no final da tarde de ontem pela equipe da DAM coordenada pela delegada titular Daniella Oliveira com apoio da SIG (Seção de Investigações Gerais).

O advogado e presidente da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) da 7ª Subseção de Nova Andradina, Stênio Parron, acompanhou os procedimentos e a prisão do colega de profissão.

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Devido ter curso superior e ser advogado, Alexandre Pessoa deve ser transferido após passar por audiência de custódia, para uma das salas de Estado-Maior localizada no Presídio Militar do Estado, onde ele ficou preso por alguns meses até ganhar liberdade provisória com tornozeleira eletrônica.

É prerrogativa dos profissionais da advocacia o recolhimento em sala de Estado-Maior até o trânsito em julgado de eventual sentença condenatória em que forem detidos em flagrante ou mediante ordem judicial.

Réu por homicídio triplamente qualificado

Fernanda Ribeiro e Alexandre Pessoa - Foto: Redes sociais

Alexandre Pessoa é acusado de matar a ex-namorada Fernanda Daniele de Paula Ribeiro dos Santos, de 36 anos, em 28 de abril de 2021, ele ficou preso no Presídio Militar em Campo Grande, ganhou liberdade da Justiça em outubro do ano passado e estava sob monitoramento eletrônico.

O processo tramita em sigilo absoluto e denúncia do MPE-MS (Ministério Público Estadual de Mato Grosso do Sul) foi apresentada em junho de 2021. Na exposição dos fatos a partir do inquérito policial, a acusação aponta que Alexandre matou a namorada, Fernanda, utilizando uma arma branca no dia 28 de abril, entre 18h30 e 19h30.

O crime foi cometido com emprego de meio cruel e mediante recurso que dificultou a defesa da vítima, inclusive se prevalecendo da condição de namorado para a prática do crime. A investigação policial apurou, nas conversas obtidas em um dos celulares de Alexandre, que ele e a vítima marcaram um encontro naquele dia.

Após o feminicídio, Alexandre ainda teria ocultado o cadáver da namorada em um milharal, sendo que o corpo só foi encontrado na manhã seguinte. Para o MPE, o advogado ainda inovou artificiosamente, alterando o estado de pessoa e coisas, com fim de induzir ao erro juiz e perito.

Isso porque ficou claro nas investigações que Alexandre tentou criar um falso álibi, enviando mensagens para Fernanda após ter cometido o crime. Também tentou limpar o carro usado no momento do feminicídio e trocou de roupas.

O MPE ainda conclui que Alexandre golpeou Fernanda no pescoço, assim causando a morte da vítima. Depois, arrastou o corpo dela até a plantação de milho na beira da estrada. Ele ainda alterou o estado do corpo da vítima, limpando os antebraços dela e retirando os pertences que pudessem identificá-la.

Alexandre foi denunciado por homicídio triplamente qualificado, por emprego de meio cruel, recurso que dificultou a defesa da vítima e cometido contra mulher, por razão da condição do sexo feminino, em contexto de violência doméstica. Segundo a acusação, o casal já mantinha uma relação há mais de 1 ano e 8 meses e tinha contrato de união estável.

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