Alexandre Pessoa é transferido para Presídio Militar em Campo Grande

Após prisão preventiva, o advogado foi recambiado para Capital

Da Redação


O advogado Alexandre França Pessoa, de 43 anos, preso acusado de violência doméstica contra a ex-mulher, foi transferido por volta das 11h30 para o Presídio Militar em Campo Grande. O recâmbio foi realizado pela Polícia Militar.

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Conforme apuração do Jornal da Nova, ele foi detido no final da tarde de ontem (31), por força de um mandado de prisão preventiva expedido pela Comarca de Batayporã e assinado pelo juiz Aldrin de Oliveira Russi, por descumprimento das condições impostas para a concessão da liberdade provisória.

Quando Alexandre foi posto em liberdade, ele tinha medidas cautelares a cumprir e a partir do momento que descumpriu, no caso a denúncia de violência doméstica, ele quebrou as medidas e retornou à prisão para garantia da ordem pública.

A defesa do acusado já trabalha para impetrar um pedido de revogação da prisão preventiva. Ao Jornal da Nova Alexandre Pessoa negou a agressão.

Devido ter curso superior e ser advogado, Alexandre Pessoa foi transferido para uma das salas de Estado-Maior localizada no Presídio Militar do Estado, onde ele ficou preso por alguns meses até ganhar liberdade provisória com tornozeleira eletrônica.

É prerrogativa dos profissionais da advocacia o recolhimento em sala de Estado-Maior até o trânsito em julgado de eventual sentença condenatória em que forem detidos em flagrante ou mediante ordem judicial.

Réu por homicídio triplamente qualificado

Alexandre Pessoa é acusado de matar a ex-namorada Fernanda Daniele de Paula Ribeiro dos Santos, de 36 anos, em 28 de abril de 2021, ele ficou preso no Presídio Militar em Campo Grande, ganhou liberdade da Justiça em outubro do ano passado e estava sob monitoramento eletrônico.

O processo tramita em sigilo absoluto e denúncia do MPE-MS (Ministério Público Estadual de Mato Grosso do Sul) foi apresentada em junho de 2021. Na exposição dos fatos a partir do inquérito policial, a acusação aponta que Alexandre matou a namorada, Fernanda, utilizando uma arma branca no dia 28 de abril, entre 18h30 e 19h30.

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O crime foi cometido com emprego de meio cruel e mediante recurso que dificultou a defesa da vítima, inclusive se prevalecendo da condição de namorado para a prática do crime. A investigação policial apurou, nas conversas obtidas em um dos celulares de Alexandre, que ele e a vítima marcaram um encontro naquele dia.

Após o feminicídio, Alexandre ainda teria ocultado o cadáver da namorada em um milharal, sendo que o corpo só foi encontrado na manhã seguinte. Para o MPE, o advogado ainda inovou artificiosamente, alterando o estado de pessoa e coisas, com fim de induzir ao erro juiz e perito.

Isso porque ficou claro nas investigações que Alexandre tentou criar um falso álibi, enviando mensagens para Fernanda após ter cometido o crime. Também tentou limpar o carro usado no momento do feminicídio e trocou de roupas.

O MPE ainda conclui que Alexandre golpeou Fernanda no pescoço, assim causando a morte da vítima. Depois, arrastou o corpo dela até a plantação de milho na beira da estrada. Ele ainda alterou o estado do corpo da vítima, limpando os antebraços dela e retirando os pertences que pudessem identificá-la.

Alexandre foi denunciado por homicídio triplamente qualificado, por emprego de meio cruel, recurso que dificultou a defesa da vítima e cometido contra mulher, por razão da condição do sexo feminino, em contexto de violência doméstica. Segundo a acusação, o casal já mantinha uma relação há mais de 1 ano e 8 meses e tinha contrato de união estável.

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